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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Dia de São Martinho

O São Martinho foi marcado entre provérbios e adivinhas, e a tradicional castanha assada que tanto caracteriza este dia.


Ao longo do dia ouvimos a canção da Lenda de São Martinho da obra Canta o Galo Gordo , Poemas e Canções para Todo o Ano Inês Pupo, Gonçalo Pratas, Cristina Sampaio


 A Castanha Lili

 Era uma vez um castanheiro muito grande, que vivia junto de uma estrada

 E todos os anos no Outono, quando as folhas começavam a ficar amarelas com a chuva e secas com o vento, este castanheiro ficava cheio de ouriços, todos castanhos e cheios de picos. Lá dentro, muito apertadinhas e quentinhas, estavam as castanhas.

Num belo ano, durante o Outono, quando estavam a crescer os ouriços, houve um que nasceu lá no alto, bem lá no alto… O ouriço era muito redondinho, muito brilhante quando chovia, e tinha uns picos muito afiados.

 O castanheiro ficou muito admirado, pois nunca tinha visto um ouriço tão bonito, e disse-lhe: - Que bonito que tu és ouriço! Nunca tive um ouriço tão belo na minha árvore!

 Os outros ouriços, olharam todos para cima, e disseram: É verdade, que ouriço tão bonito! É realmente muito lindo! – diziam eles, com pena de não serem tão lindos como ele.

 E o nosso amigo ouriço, todos os dias era elogiado, e quanto mais crescia, mais bonito e elegante ficava. Assim, começou a ficar muito vaidoso. Passava os dias a dançar e a abanar-se para todos o verem melhor.

Os outros ouriços, às vezes avisavam-no: -Tem cuidado ouriço, olha que o vento pode mandar-te para o chão! E o ouriço respondia: -Não tenho medo, o vento nunca me vai mandar para o chão, ele também me acha muito bonito!

 Mas um dia começou a ouvir-se o barulho do vento: V …V …V …V … O castanheiro no meio daquela ventania gritava: Segurem-se bem ouriços, para não cairem ao chão! V …V …V …V …

 E o ouriço bonito gritava: -Ai, ai, que o vento não pára, vai mandar-me para o chão… E o vento, cada vez mais forte, atirou o ouriço para o chão e levou-o para muito longe do castanheiro… Quando abriu os olhos, não sabia onde se encontrava, e quando se viu sozinho, começou a chorar!

Mas de repente, ouviu uma vózinha que lhe dizia: -Não chores, e não tenhas medo, não estás sózinho, eu estou aqui! O ouriço ficou muito admirado, olhou para um lado e depois para o outro, mas não via ninguém!

-Sou eu, estou aqui. Eu sou a tua castanha. Chamo-me Lili, e até agora, vivi dentro de ti, ouriço. Mas, quando veio o vento, e te atirou para aqui, tu abriste-te um bocadinho, e eu, pude espreitar.

 De repente, junto do ouriço e da castanha Lili, apareceu um menino: Olha, uma castanha, e um ouriço. Vou levar a castanha para junto das outras, para quando fizermos o Magusto. E o ouriço, também vou levá-lo para fazer uma bonita colagem lá na escola!

 O Ouriço olhou para a castanha Lili e disse-lhe: -Ó castanha, tu és muito mais bela do que eu, tens uma cor muito bonita, e és tão lisinha… Magoaste-te quando eu caí? -Não ouriço, tu protegias-me bem com os teus picos – disse a castanha Lili. E o ouriço diz: E agora, o que havemos de fazer? Não sei onde estamos, não vejo a nossa árvore…

E tanto o ouriço como a castanha Lili, ficaram muito contentes, porque o menino os levou para a sua escola e participaram todos na festa das castanhas, a que chamamos Magusto!

 PERLIM…PIM……PIM…

… A HISTÓRIA CHEGOU AO FIM!
  

Os alunos do 2.ano, turma C, representaram esta história na biblioteca às crianças da sala 1 do Jardim de Infância.


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