“PÉTALAS
DE INFÂNCIA” - Poema
retirado
do livro: “Diário
de Bruma”de
Nelson Moniz
Apolo
Coelho 4.º A
PÉTALAS
DE INFÂNCIA
Um
candeeiro de luz vazia
colhe
pétalas de infância
onde
o pó da cor do vinho
soprava
de ruas desertas
em
inconstante remoinho.
Mistura
no ar
olhares
cabisbaixos
onde
crianças
em
pequeninos passos
se
equilibravam como balanças
rodeadas
de puro silêncio
nas
arestas das valetas.
Pudera
acender o coração
daquela
luz vazia,
e
do bolor infante a vida respiraria
em
puras asas de liberdade.
“DIVERSIDADE”
- Poema
retirado
do livro: “Ciência para meninos em poemas
pequeninos” de
Regina Gouveia
Nargiza
Juraeva 4.º A
Diversidade
Era
uma escola muito colorida
tão
cheia de vida como nunca vi.
Aqui
e ali meninos negrinhos
que
vieram de Angola jogavam à bola
com
outros meninos também africanos,
outros
indianos, outros europeus
da
Europa de Leste, do Norte e do Sul,
olhos
de cor verde, castanha e azul.
Os
cabelos eram dos mais variados:
encaracolados,
claros e escuros, lisos,
esticados
como aquele indiozinho
tupi
– guarani e um coreano de seu nome Li,
que
tinha uns olhinhos bem enviesados.
Havia
um menino que era timorense,
outro
guineense e imaginem só,
até
existia um menino esquimó.
Um
grupo bailava
e
um outro cantava uma voz só
um
vira, um tebe, um semba, uma morna,
uma
marrabenta e até um forró.
Era
aquela escola, como um arco-íris,
de
múltiplas de cores.
Lembrava
um canteiro repleto de flores.
“DEDICADO
À MINHA AVÓ” - Poema
retirado
do livro: “Pequenos
gestos, Grandes corações”Histórias
da Ajudaris' 12e
Bruno Balegas
(ex-aluno da nossa escola
e
do professor Nelson Moniz)
Leonor
Clemente 4.º B
DEDICADO
À MINHA AVÓ
Uma voz dizia-me:
-Há quanto
tempo!?
Eu apercebi-me de
que era uma voz muito novinha.
Noutro tempo ,
era a minha avó.
Eu escrevia na
casa dela,
Onde sempre eu
abria a porta,
E a voz de Deus
falava comigo.
O lápis que eu
usava dançava
Na minha
imaginação.
Toda a família
entrava e eu ouvia os passos.
O canto dos
pássaros lembrava-me
Os cantos das
galinhas da minha avó.
Lembro-me quando
ela tinha força para gritar.
Ela ensinou-me a
voar.
Todas as vozes na
casa dela,
Para mim, eram um
mistério.
Eu andava sempre
à procura do mistério
E do sonho, mas
nunca os encontrei.
As vozes altas
naquela sala
São os muros que
hoje tenho dificuldade em passar.
Estes passos que
eu oiço são os tambores
Que a minha avó
tocava todos os dias para mim.
O barulho dos
livros eram asas que me ajudavam.
O barulho das
blusas era o vento,
Porque quando eu
ia apanhar laranjas,
Sentia o vento na
minha face.
A voz alta que eu
ouvia todos os dias,
Está hoje numa
cama.
Eu, minha irmã,
meu irmão e minha mãe
Íamos para o
campo verde,
Onde eu sujava as
camisolas todas.
As galinhas
andavam sempre a cantar.
Os mexericos eram
Quando a minha
avó e a minha mãe
Reviravam a casa
toda.
Agora apercebi-me
que os valores de hoje
Estão
relacionados com o ontem.
“ARANHA”
- Poema retirado
do livro: “O Gato do pêlo em pé”
de Violeta Figueiredo
Ana
Sofia Xu Lin 4.º A
Aranha
Essa peluda menina
escondida à esquina do tecto
só desce alta noite quando
todo o quarto está quieto.
Suspensa na sua teia
fica ao espelho balouçando,
repisando a mesma ideia:
«Meu Deus, serei linda ou feia?»
“A POESIA” - Poema retirado do Jornal Escolar Porta Aberta n.º 16: Autora: Bruna Rodrigues /2015 - Aluna do Professor: Nelson Moniz
Roberto
Seong 4.º B
A
Poesia
Com
uma luz cristalina começamos
a
viagem com a poesia.
A
viagem começa num barco.
Quando
passamos por um sítio com esse barco
ele
vai associar momentos da minha vida,
desde
a primeira à última gota...
Eu
normalmente ando nesse barco.
Não
se paga bilhete.
Eu
às vezes tenho sonhos muito estranhos
e
agora estou a pensar que podia usá-los
em
qualquer lugar.
Vou
contar um segredo: o barco da poesia
não
existe na realidade,
só
existe no meu imaginário
e
no de outras pessoas,
mas
não sei bem de quem...
Este
barco pode não existir
mas
às vezes faz grandes percursos.
Eu
gostava que mais gente
andasse
nesse barco,
mas
não posso fazer nada.
Este
barco ajuda-me a pensar
e
embarca muitas vezes
quando
eu faço textos.
Adoro
este barco e a poesia também.
Eu
vou andar sempre neste barco.
Nunca
o trocarei!
“A
FADA
GIGANTE” - Poema
retirado
do livro: “O
menino que namorava paisagens e outros poemas” de
Nuno
Higino
Marta
Mendinhos 2.º A
A
fada gigante
Havia
antigamente
um
reino muito distante.
Não
tinha rei nem rainha
a
única coisa que tinha
era
uma fada gigante
de
olhos azul reluzente.
Quem
nos seus olhos olhasse
fosse
velho ou menino
ficava
cego pra sempre
só
de olhá-la de frente.
Não
tinha outro destino
quem
uma tal coisa ousasse.
E
nesse reino solteiro
todos
fitavam o chão
e
dele nasciam rosas
e
outras flores preciosas:
dos
olhos ao coração
floriam
o ano inteiro.
Uma
primavera dura
sem
ter o azul do céu
e
a fresca luz da lua.
Pão
dos olhos, só a rua
e
a alma adoeceu
duma
doença sem cura
Gostei muito dos vossos trabalhos!
ResponderEliminarProfessor Nelson Moniz
O autor do poema da Ajudaris" Dedicado à minha avó" é Bruno Valente! Continuação de bons trabalhos! Desejo-vos um ano de 2018 cheio de poesia, saúde e alegria!
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